terça-feira, 23 de agosto de 2016

Eleição ainda distante da população, mas isso muda a partir de agora

Agora vai, eleição? O interesse da população pelo processo eleitoral ainda está distante da agenda. Se em 2012, por exemplo, toda a celeuma envolvendo a postulação ou não do então prefeito, João da Costa(PT), fez o tema chamar atenção no Recife meses antes do início da campanha, este ano, motivos como a crise econômica, o descrédito com os políticos, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e a realização das Olimpíadas do Rio foram catalisadores desse distanciamento.  No entanto, em pouco mais de um mês, interessados ou não, confiantes ou não na classe política, a escolha dos prefeitos e vereadores que terá de ser feita pelo eleitor.

Outro fator que ajuda para o não debate popular sobre o pleito que se aproxima é a nova legislação. Se antes o tempo da campanha era de 90 dias, agora são 45. Se o muitas vezes inconveniente guia eleitoral na rádio e na televisão durava 45 dias, as novas regras reduziram para 35. Na próxima sexta-feira(26) a programação começa.

O próprio uso dos cavaletes, aqueles que costumavam atrapalhar a mobilidade das cidades – como se já não fossem deficitárias o suficiente neste sentido – também estão proibidos. Mesmo que não tivesse interessado, ao ter de desviar das peças que estampavam o sempre simpático sorridente candidato e seu número, o pedestre já começava a sentir que a época das carreatas, dos políticos presentes nas ruas, com beijos nas crianças, comendo quitutes de feira ao som dos repetitivos jingles, tinha chegado.

O cientista político Adriano Oliveira, professor da Universidade Federal de Pernambuco(UFPE), acredita que a partir de agora as atenções irão se voltar para o pleito. “Este é um ano muito conturbado na economia e na política, somando-se a isso a não sensação de representatividade em relação aos políticos. Mas passada esta semana, com o desfecho do processo do impedimento ou não da presidente, o eleitor certamente passará a discutir o tema”, afirmou.

DIA A DIA

Ajudará para isso o próprio caráter da eleição. O cientista político Thales Castro, professor da Universidade Católica de Pernambuco(Unicap), acredita que a escolha de prefeitos e vereadores costuma tratar de temas que afetam o cotidiano do eleitor. “É um evento em que se discute a qualidade do posto de saúde do bairro, segurança, iluminação e calçamento da rua, problemas que o cidadão se depara no dia a dia, ao sair ou voltar para casa”, conclui o pesquisador.
Fonte: Blog do Jamildo

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