terça-feira, 13 de setembro de 2016

Eduardo Cunha acusa governo Temer e promete livro de bastidores do impeachment


Após ser cassado e deixar o plenário sob gritos de “Fora Cunha!”, na noite desta segunda-feira (12), o agora ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) acusou o governo Michel Temer (PMDB) de se unir ao PT para eleger o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), facilitando, na opinião dele, o andamento do processo. Cunha prometeu escrever um livro contando os bastidores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “Todos os diálogos serão tornados públicos”, afirmou, após dizer que não faria acordo de delação premiada alegando não ser criminoso.

“Eu já ia escrever, já tinha anunciado, só que agora eu vou escrever mais rápido”, ironizou minutos depois do anúncio de que foi cassado por 450 votos contra apenas 10. “Primeiro vou procurar uma editora para o livro”, afirmou sobre os próximos passos após a perda do mandato.

Culpa do governo Temer

“Quando o governo patrocinou a candidatura, o governo de uma certa forma aderiu à pauta da minha cassação”, disparou Cunha sobre a eleição de Rodrigo Maia para sucedê-lo. “Quem elegeu o presidente da Casa foi o governo. Todo mundo sabe.” O ex-deputado acusou o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos do governo Michel Temer de articular a eleição de Maia, seu genro. “O governo tem a responsabilidade na medida em que patrocinou uma candidatura na Casa”, reafirmou.

Cunha ainda acusou Rodrigo Maia de não “se comportar conforme o regimento” da Câmara. “Hoje começou a sessão e era óbvio que eu seria cassado”, disse. “Nós estamos vivendo um processo político, em que eu, por dado início ao processo de impeachment, virei um troféu para manter o discurso do golpe. Se fosse depois da eleição, o resultado obviamente não teria sido esse.”

Fonte: blog do Jamildo

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