segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Organização concedia aposentadoria rural fraudulenta

Responsáveis estão sendo presos na Operação Manager, deflagrada nesta segunda-feira (12) pela Polícia Federal

Uma organização criminosa acusada de realizar concessão fraudulenta de aposentadorias rurais está sendo alvo da Operação Manager, deflagrada nesta segunda-feira (12) pela Polícia Federal (PF). O prejuízo mensal com a manutenção dos benefícios irregulares era em torno de R$ 632 mil, tendo gerado um rombo total aos cofres públicos estimado em R$ 11 milhões.

Segundo a PF, a prática utiliza pessoas residentes do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e arredores, com auxílio de membros do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Cabo. Tais integrantes conseguiam obter suas aposentadorias na Agência da Previdência Social do INSS de São Lourenço da Mata, na RMR, contanto com o apoio do gerente da agência.

As investigações começaram em 2015, quando se descobriu um grande esquema de concessão irregular de diversos benefícios previdenciários. Funcionários e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Cabo seriam os responsáveis por providenciar a documentação falsa e aliciar trabalhadores que não faziam jus aos benefícios.

Após a concessão do benefício, as pessoas eram “convidadas” a obter empréstimos consignados, a maior parte do valor desses empréstimos era repassado aos membros da organização. De acordo com a PF, o implemento desses empréstimos consignados foi feito com auxílio de um correspondente bancário.

A Operação Manager conta com um efetivo de 60 policiais federais e três técnicos do INSS. Estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, e em Jaboatão dos Guararapes, na RMR. Também estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão (três no Cabo, um em Boa Viagem, um em Jaboatão e outro em São Lourenço da Mata) e quatro mandados de condução coercitiva (três no Cabo e um em Jaboatão dos Guararapes.  Se condenados, os presos podem pegar até 30 anos de reclusão.
Fonte:LeiaJá

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